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Economia

Renda fixa impulsiona alta de 12,6% e leva investimentos de brasileiros a R$ 7,3 trilhões

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LUCIO SILVA - 15/05/2025 12:23

O crescimento econômico dos últimos anos, combinado, de forma até surpreendente, com juros altos, resultou em aumento significativo dos investimentos realizados por brasileiros. O total de R$ 7,3 trilhões investidos ao final de 2024 representou um crescimento de 12,6% em relação ao ano anterior, conforme dados divulgados pela Associação Nacional das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (ANBIMA).


Esse montante inclui aplicações de clientes do varejo tradicional, do varejo alta renda e do segmento private, que abrange investidores com mais de R$ 5 milhões aplicados. O destaque ficou com o varejo alta renda, que registrou um aumento de 15,4%, totalizando R$ 2,57 trilhões, seguido pelo varejo tradicional, com crescimento de 13,6% e patrimônio líquido de R$ 2,43 trilhões. O segmento private cresceu 8,7%, alcançando R$ 2,30 trilhões.


Condizente com o cenário de juros elevados, a renda fixa liderou as preferências dos investidores, com um crescimento de 18% no ano, somando R$ 4,32 trilhões, o que corresponde a 59,2% do total investido por pessoas físicas. A previdência privada também apresentou desempenho significativo, com alta de 18,3%, atingindo R$ 1,23 trilhão. Por outro lado, os investimentos em produtos híbridos, como fundos multimercados, cambiais, imobiliários, recuaram 5,8%, totalizando R$ 744 bilhões. A renda variável teve um crescimento modesto de 1,3%, alcançando R$ 992,2 bilhões.


Entre os instrumentos de investimento, os títulos e valores mobiliários registraram alta de 15,5%, chegando a R$ 3,35 trilhões, enquanto os fundos cresceram 8,2%, totalizando R$ 1,73 trilhão. A poupança teve um aumento de 5%, alcançando R$ 971,8 bilhões. Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) destacaram-se com crescimento de 20,7%, atingindo R$ 1,04 trilhão.


Em 2025, o cenário segue semelhante, com a renda fixa mantendo a preferência entre os investidores. Ademais, as incertezas decorrentes da guerra comercial entre EUA e China poderão acirrar o comportamento mais defensivo de investidores, outra vez, em favor da renda fixa e da diversificação de portfólios.