Economia

Aos poucos, a inflação caminha para o centro da meta

A reorganização das cadeias produtivas pós-pandemia e a política monetária restritiva ajudaram na trajetória de queda

Lucio Silva
19/12/2023 10:17
2 minutos

A inflação deve fechar o ano próxima a 4,5%, dentro dos limites definidos pelo sistema de metas de inflação. Em 2023, o centro da meta é de 3,25%, com intervalo, para cima ou para baixo, de 1,5%, ou seja, variando entre 1,75% e 4,75%.
Em abril de 2022, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial de inflação, registrava 12% no acumulado de 12 meses.
A reorganização das cadeias produtivas pós-pandemia de Covid-19, e a política monetária restritiva, que elevou a taxa básica de juros em todo o ano passado, conduziram a economia a um bem-sucedido pouso suave, uma desaceleração da atividade econômica e dos preços.
A desinflação permitiu ao Banco Central dar início a um ciclo de redução da taxa básica de juros; que o mercado espera, seja concluído no final de 2024, com uma taxa em torno de 9,25% ao ano, possivelmente menor.
As últimas leituras do IPCA mostram trajetória de queda tanto do índice cheio quanto dos serviços e dos núcleos. A inflação de serviços é mais ligada à demanda da economia.
A inflação dos núcleos desconta variações exageradas e é, usualmente, mais resistente ao ciclo econômico, de crescimento ou desaceleração. Com isso, a política monetária ruma para firmar as expectativas de longo-prazo, o último elemento que sustenta uma taxa de juros em campo restritivo.
Atualmente, a inflação esperada ao final do próximo ano está em 3,92%, acima do centro da meta, que será de 3%.

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