Educação Financeira

Precisa de um gatilho mental para auxiliar no controle financeiro? Conheça os "nudges"

Os nudges são pequenos incentivos que nos levam a tomar decisões mais acertadas. Aquele empurrãozinho que nos coloca na direção certa

Lucio Silva
07/03/2022 11:26
2 minutos

Como o cérebro funciona? E que diferença isso faz na tomada de decisões financeiras? A Economia Comportamental é a área de pesquisa dedicada a encontrar respostas para estas perguntas. 
Parte-se de uma ideia simples, os seres humanos não são máquinas que friamente calculam e maximizam os resultados de suas escolhas. Ao contrário, as nossas decisões são tomadas a quente, baseiam-se em emoções e afetos e estão sujeitas a vieses e erros sistemáticos.   

Ao identificar esses vieses podemos, com medidas simples, melhorar nossa educação financeira. Neste sentido, uma ajudinha é sempre bem-vinda. 
O economista comportamental Richard Thaler, vencedor do Prêmio Nobel em 2017, oferece esta ajuda. São os nudges, ou “empurrõezinhos” que nos auxiliam a tomar a melhor decisão.  
Veja alguns exemplos:  

- Antes de fechar uma compra, visite três lugares diferentes. Assim, você dá tempo para o cérebro pensar e evitar a compra por impulso.  

- Compromissos coletivos são mais eficazes, então, convide toda a família para participar de decisões financeiras importantes, como a aquisição de uma casa própria ou um carro.  

- Para poupar mais, combine com a gerente do banco uma transferência automática de parte do seu salário para a conta poupança.   

- Estude o impacto dos juros nas compras a prazo, é importante que você esteja ciente do peso que o juro pode ter no total do financiamento.  

Outros tantos nudges podem ajudar na tomada de decisões. O fundamental é reconhecer que somos falíveis. 
Para economistas comportamentais, como outro vencedor do prêmio Nobel, o professor Daniel Kahneman, temos dois sistemas mentais de tomada de decisão. O sistema rápido, baseado na intuição e nas emoções, e que é automático, portanto, difícil de controlar. E o sistema lento, que é consciente, que requer raciocínio e reflexão. 
O desafio é estimular o sistema rápido a tomar decisões corretas e, sempre que possível, levar as decisões mais relevantes para o sistema lento. 

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