Mercado Imobiliário

Você sabe o que é e como acessar o Sistema Financeiro da Habitação?

Aprenda o necessário para ir atrás de seu sonho

Lucio Silva
11/10/2022 12:29
2 minutos

O Sistema Financeiro da Habitação é um sistema de financiamento como outros, ou seja, através dele você compra um bem, com dinheiro emprestado, e paga, a cada mês, uma parcela desse empréstimo. No caso, você compra um imóvel residencial.

O Sistema Financeiro da Habitação foi criado com o objetivo facilitar a compra de imóveis para as famílias com menor renda e, por isso, segue regras específicas. Por exemplo, o valor máximo do imóvel financiado deve ser de até R$ 1,5 milhão, com pagamento em até 35 anos. E os juros cobrados nos empréstimos desse sistema são menores que os juros livres praticados pelo mercado, pois há regulação do Estado.

Os recursos usados no sistema financeiro de habitação vêm, principalmente, da caderneta de poupança. Então, é o dinheiro que as famílias poupam que vai permitir a outras famílias que adquiriram sua casa própria.

Há alguns requisitos e uma série de regras que você e o imóvel de seu interesse precisam atender para ter acesso aos recursos do Sistema Financeiro da Habitação. Principalmente, se for usar os recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para pagar uma parte do financiamento, o que é uma grande vantagem desse sistema. Algumas dessas regras são:

- ser um imóvel residencial e urbano e destinar-se à moradia do titular da conta do FGTS;

- não possuir um outro imóvel na região de interesse.

- ter 3 anos de trabalho sob regime do FGTS e não ter outro financiamento ativo no Sistema Financeiro de Habitação.

Além disso, o valor do imóvel financiado não deve ultrapassar R$ 1,5 milhão de reais. E, é claro, você precisa demonstrar a capacidade de arcar com o financiamento e a documentação sua e do imóvel deve estar em ordem.

Pois é, você pode optar por abater uma parte do financiamento com os recursos que você tenha no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A comparação que você precisa fazer, neste caso, é entre o rendimento do dinheiro aplicado no FGTS e o custo da sua dívida.

Se a taxa de rendimento do FGTS for menor que o custo efetivo da dívida, é claro que vale à pena antecipar o pagamento, afinal o dinheiro aplicado vai crescer a uma taxa menor do que aquela do endividamento. Quase sempre, esse é o caso, portanto, é uma boa opção para quem quer pagar menos juros no financiamento. Lembrando que você pode, a cada dois anos, fazer novos abatimentos com o dinheiro que juntar no FGTS.

Uma dica sempre importante: tenha um bom controle de suas receitas e despesas, você precisará juntar uma parte do dinheiro. Afinal, o financiamento não costuma ser de 100% do valor do imóvel. No Sistema Financeiro da Habitação, por exemplo, é de, no máximo, 80%.

Você pode fazer uma simulação do quanto você consegue financiar e das condições necessárias. O passo seguinte é reunir a documentação e solicitar seu financiamento. A partir daí, é com a instituição financeira contratada, aprovar ou não, avaliar o imóvel e providenciar a assinatura do contrato. Contrato assinado, os recursos são liberados para o vendedor e cabe a você manter em dia seus pagamentos e desfrutar a casa nova.

 

Tabela PRICE x Tabela SAC

Também vale conhecer as formas de pagamento. As prestações que você paga no seu financiamento imobiliário podem ser calculadas de diferentes maneiras. As duas mais comuns seguem o método da tabela SAC ou da tabela PRICE. A tabela SAC é aquela em que as prestações são decrescentes. No começo, paga-se uma parcela maior e esse valor diminui ao longo do tempo. A vantagem é que o comprometimento de sua renda vai caindo, aliviando seu orçamento com o passar dos anos. E o saldo devedor também diminui mais rápido, reduzindo o total pago de juros.

Já a tabela PRICE tem as parcelas constantes, todo mês você paga o mesmo valor. A principal vantagem é ter as primeiras parcelas menores que na tabela SAC, além de pagar sempre o mesmo valor, de modo mais previsível. É mais vantajosa quanto mais curto é o prazo de financiamento, reduzindo o pagamento de juros.

 

 

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